Tendências - Apreender

Tendências

"Mais dados não geram melhor desempenho, da mesma maneira que dirigir por um caminho mais longo não implica diretamente em uma melhora do caminho."


Uma nova perspectiva começa a aparecer quando o assunto é tecnologia em educação. Se por um lado a tecnologia facilita o acompanhamento individual do aluno e abre espaço para a personalização do ensino, por outro lado ela ajuda a escalar novas oportunidades de aprendizagem. Abaixo, selecionamos duas grandes tendências que os empreendedores de impacto em educação devem ficar de olho:

 

Dados para aprender melhor

A convergência de dispositivos eletrônicos portáteis – que podem ser acessados de qualquer lugar – permite que novos dados da aprendizagem sejam descobertos. Com um volume maior de informação, será possível agir de forma mais eficiente ajudando na melhoria de aprendizagem. A tecnologia age como meio para potencializar o conhecimento e as fragilidades de cada aluno e mostrar caminhos para desenvolvê-los.

No entanto, uma matéria do Porvir sobre as tendências na educação em 2015 alerta: “Este tipo de solução tecnológica também surge para tratar de um problema ligado à maneira com que o professor e líderes educacionais devem interagir com os dados. Se apenas o ‘dado útil’ fosse coletado, seria mais fácil para tomar iniciativa, perceber falhas e corrigir o caminho de cada estudante. Mas isso não é tão simples, como explica o professor Alex Bowers, do Teachers College, da Universidade de Columbia, nos Estados Unidos. ‘Mais dados não geram melhor desempenho, da mesma maneira que dirigir por um caminho mais longo não implica diretamente em uma melhora do caminho até o trabalho’, compara”.

Ou seja: há um espaço grande para empreendedores criarem soluções para melhorar a captação de dados e, principalmente, um  nicho para potencializar a análise dessas informações dentro da escola, por professores e gestores.

 

Novas maneiras de avaliar

Especialistas acreditam que a velocidade das informações e as novas formas de ensinar vão mudar a maneira como o conhecimento é comprovado. Os diplomas que atestam a conclusão de cursos em diversas etapas de ensino tradicional não darão conta de certificar as capacidades adquiridas em espaços informais de aprendizagem.

Serão criados novos formatos de avaliação e de certificação que funcionarão a partir da validação de competências adquiridas em espaços formais e informais de aprendizagem. Um jovem que decidiu desenvolver suas habilidades em tecnologia da informação poderá comprovar para instituições de ensino ou empregadores as suas habilidades adquiridas em fóruns de discussão ou em um curso online de programação, por exemplo.

Essa tendência também aponta uma grande oportunidade de criação de novos formatos de avaliação que foquem no desenvolvimento de habilidades e competências, por exemplo as startups Eduqa.me e a Mind Lab que já estão trabalhando nesta área.

 

Quer saber mais?

É possível se aprofundar no assunto “empreendorismo em educação” acessando o especial de inovação em educação do Porvir, o InnoveEdu. Essas e outras tendências caminham em paralelo com a perspectiva de implementação do modelo de Educação Integral Inovadora nas escolas brasileiras, que apresenta diversas oportunidades para os empreendedores de impacto em educação.